LUTO NA CIÊNCIA BRASILEIRA: INCÊNDIO NO MUSEU NACIONAL

Corte violento de verbas é o principal responsável pelo incêndio

Dia 02 de setembro de 2018 entra para a história brasileira como um dos dias mais tragicamente emblemáticos do que tem sido o Brasil após o 31 de agosto de 2016, quando a presidenta Dilma Rousseff, legitimamente eleita pelo povo brasileiro, foi deposta do cargo pelo Congresso Nacional, sob o pretexto de “pedaladas fiscais”. Deste momento em diante o que temos vivido é a instalação de um projeto público de desmonte absurdo das riquezas brasileiras, de investimentos de séculos, de humilhação absurda do povo brasileiro. Pois neste 02 de setembro, um domingo, a partir das 19h30, um incêndio destruiu o Museu Nacional e seu acervo precioso de Ciências Naturais. Ele era o maior da América Latina e um orgulho de todo o povo brasileiro. Um dos mais visitados espaços visitados da cidade do Rio de Janeiro. Completou, em 2018, 200 anos e agora foi destruído pela absurda falta de manutenção. Uma falta de manutenção oriunda de cortes radicais e de uma política pública que tem, em sua triste e curta história, um primeiro gesto que diz tudo: acabou com o Ministério da Cultura e o fundiu ao Ministério da Ciência e Tecnologia, em uma explícita manobra de redução violenta de investimento nestas áreas tão vitais à nação brasileira. Não parou por aí, sabemos. Direitos sociais, venda do pré-sal, ultra proteção ao agronegócio e às camadas da elite tendo, como contrapartida, o massacre das condições de vida dos brasileiros. É hoje o pior PIB em cem anos. E a grande mídia do país foi cúmplice desta empreitada apoiando, há dois anos, esta movimentação, tanto quanto continua apoiando, agora, projetos similares que se candidatam à presidência do país. POR TUDO ISSO, A CIÊNCIA BRASILEIRA ESTÁ DE LUTO.