SISTEMATIZAÇÃO DAS ETAPAS DO PROCESSO

Para sistematizar as etapas do Processo de autoavaliação, a Comissão definiu as estratégias que permitiram “cruzar” as metas e parâmetros (bases da autoavaliação), com os processos e procedimentos. Deste modo, desenhou o que já poderia ser realizado em 2019 – elaboração, discussão e aprovação da proposta e projetou para o primeiro semestre de 2020 sua implementação. No entanto, como já ressaltado, a pandemia impactou esse calendário e apenas no final de 2020 foi possível fazer as discussões no Seminário de Autoavaliação Docente realizado em dezembro e na Reunião Anual com discentes com participação aberta a egressos, sendo que a representação destes últimos foi em número muito reduzido. De todo modo, em função deste contexto, a Coordenação novamente se mobilizou e realizou a pesquisa anual junto aos egressos, incluindo as principais questões que o processo de autoavaliação havia apontado, o que ampliou o escopo de dados a serem trabalhados no início de 2021, já na perspectiva de implementação das ações e diretrizes decorrentes da autoavaliação. Assim, esclarecimento, elencamos, abaixo, as etapas do processo e calendário da Autoavaliação, concomitante aos instrumentos que balizaram cada uma dessas indicações.

1. Eleição da Comissão de Avaliação: definição dos parâmetros da composição em reunião Colegiada realizada em julho de 2019 com indicação na pauta, sendo que a representação discente já viria indicada em processo liderado pelos representantes discentes;

2. Elaboração da Proposta da Comissão de Autoavaliação: segundo semestre de 2020, a partir dos parâmetros gerais direcionados ao corpo docente, discente e egressos e, ainda, uma avaliação “conjunta” do Programa. O documento foi assim estruturado:

a) Definição das abordagens de avaliação em relação aos discentes e egressos:

– Definição de parâmetros de avaliação da qualidade para as teses e dissertações: Prêmio UFF, Prêmio CAPES, produtos gerados (artigos, livros, patentes, obras), prêmios em geral, impacto social e/ou econômico (ex: criação de startups);
– Definição de parâmetros de acompanhamento da vida acadêmica em cada Curso, criando as dimensões específicas a partir dos critérios de integralização; atividades extra-curriculares e performance nas disciplinas, em especial nas obrigatórias; identificar, ainda, o perfil e origem de disciplinas eletivas;
–  Definição de parâmetros de avaliação das razões da evasão discente: elaboração de uma ficha específica que permita identificar exclusivamente a responsabilidade do Programa (caso haja) para futuras correções;
– Definição das ações de acompanhamento de egressos: maior clareza quanto a impotância do egresso para todo o corpo discente; estimular atualização do Lattes, continuidade da relação com os grupos de pesquisa e destacar o vínculo de 5 anos, estabelecido pela CAPES quanto à necessidade desse acompanhamento;

b) Definição das abordagens de avaliação em relação aos docentes:

– Definição da política de capacitação docente articulada com a Instituição (PDI): incentivo à experiência pós-doutoral; incentivo à submissão de projetos às agências de fomento; incentivo a parcerias interinstitucionais; incentivo à participação em Redes de Pesquisa, especialmente as internacionais;
– Definição de qualidade do ensino, considerando o professor em sala de aula: atualização da bibliografia; critérios de avaliação do discente; propostas pedagógicas inovadoras;
– Definição de qualidade da formação, considerando o professor como orientador: publicações com os orientandos; tempo para realização do trabalho de tese ou dissertação; participação dos orientandos em eventos da área.

c) Definição das abordagens de avaliação em relação ao Secretário do PPGMC:

– Definição da política de capacitação técnica articulada com a Instituição (PDI);
– Definição de qualidade do apoio técnico: pontualidade, envolvimento com as atividades do PPGMC, relação com o corpo discente e docente.

d) Definição das abordagens de avaliação em relação às atividades acadêmico-administrativas:

– Definição do calendário do PPGMC: inclusão dos Seminários de avaliação e os processos de autoavaliação; oferta de atividades extracurriculares; equilíbrio das atividades entre os semestres; manutenção das atividades estruturantes do Programa (reunião colegiada, executiva, com os bolsistas etc);
– Definição dos parâmetros de qualificação do Programa: escalas a serem adotadas (definição de ruim, satisfatório, bom e muito bom); definição dos usos dos resultados/dados coletados via os instrumentos de autoavaliação (questionários, reuniões específicas, seminários e outras);
– Definição das políticas de inovação: cotejo dos projetos em relação às tecnologias sociais; inclusão dessa perspectiva nos projetos de pesquisa e extensão dos docentes; participação ativa na AGIR – Agência de Inovação da UFF e dos editais PIBINOVA;
– Definição das políticas de internacionalização: manutenção de disciplinas em Língua Estrangeira e avaliação desta; publicação em periódicos internacionais; constituição de Redes entre outras;
– Definição das políticas de inclusão: manutenção das cotas nos processos seletivos; proposta de cursos de nivelamento (se for o caso); estímulo aos grupos de estudos discentes; cursos rápidos que venham compensar possíveis dificuldades em função da formação.

3. Monitoramento da qualidade do programa

 a) Processo formativo; atração de candidatos externos à instituição e sua região; aprendizagem do aluno; diversidade da oferta de oportunidades de formação, como seminários, conferências, etc; taxas de conclusão e aprovação; fluxo de formação discente; integração dos egressos no mercado de trabalho e seu desempenho; evasão discente; grau de satisfação dos alunos;

b) Qualificação docente: formação continuada do professor; formação para a docência; desempenho do docente em sala; desempenho do docente como orientador; produção intelectual (bibliográfica e técnica) definida a partir dos parâmetros da área; inserção na área; inserção social;

c) Pesquisa e Transferência de Conhecimento; qualidade das teses e dissertações; qualidade e quantidade de produção acadêmica qualificada; regularidade e participação dos docentes e discentes na produção científica; impacto da produção; excelência e relevância internacional; participação em redes de pesquisa nacionais e internacionais de excelência; captação de recursos nacionais e internacionais; organicidade do programa em termos de pesquisa;

d) Internacionalização; financiamento internacional para projetos de pesquisa sob liderança do programa ou em associação; relevância da produção em cooperação internacional; visibilidade em nível internacional conforme indicadores internacionais de desempenho; atratividade em nível internacional de alunos, pós-docs e docentes/pesquisadores.

 e) Definição da Frequência da coleta de dados: previsão de uma série temporal de dados; definição de mecanismos de envolvimento dos docentes, discentes e técnico; definição de responsabilidades no processo; definição de disseminação dos resultados.

4. Diretrizes do Processo de Meta-avaliação:

a) Etapa 1 – Políticas e Preparação: Uma etapa de políticas e preparação que está bem desenvolvida possui uma concepção; envolve as pessoas e sensibiliza as mesmas para aspectos políticos, técnicos e culturais da autoavaliação; realiza diagnóstico identificando pontos fortes e pontos fracos do programa a partir da avaliação Capes do quadriênio anterior; formula um pré-plano de autoavaliação. Portanto, a Comissão de Avaliação do PPGMC compreendeu que uma etapa fundamental do processo seria o debate aberto dos objetivos, instrumentos e calendário em Reunião Colegiada específica para aprovação, conforme ocorreu.

b) Etapa 2 – Implementação: Uma etapa de implementação de procedimentos que está bem desenvolvida possui métodos e instrumentos especificados de acordo com a concepção adotada; critérios e indicadores para monitoramento da qualidade da formação discente; agrega, sistematiza e analisa dados gerando informações qualitativas e quantitativas sobre o Programa. Nesta proposta, foram mantidos os questionários e os espaços coletivos (reuniões e seminários). Haveria pesquisa focal com cada grupo, mas em função da pandemia essa estratégia não foi adotada.

c) Etapa 3 – Disseminação e uso dos resultados: Uma etapa de geração de resultados que está bem desenvolvida realiza auto análise crítica a partir das informações qualitativas e quantitativas geradas nas etapas anteriores; discute e problematiza as informações, identificando o rol de mudanças e inovações a serem implementadas subsidiando o planejamento estratégico; elabora relato descritivo contendo síntese de todo o processo de autoavaliação desenvolvido; divulga o relato na página do Programa; posta informações a serem solicitadas no sistema CAPES. No início esta etapa completa ocorreria ainda em 2020, no entanto, como já destacado diversas vezes, foi postergada para 2021 em função das dificuldades relacionadas à pandemia. De todo modo, uma primeira parte dos resultados foi discutida, avaliada e trouxe algumas ações e diretrizes como será comentado daqui a pouco.