Adriana Barsotti

Professora Permanente

Professora no Departamento de Comunicação Social da UFF e no Programa de Pós-Graduação em Mídia e Cotidiano (PPGMC) da mesma instituição. Doutora em Comunicação pela PUC-Rio. Coordena o projeto de extensão Universidade no Ar. Integra a Rede de Pesquisa Aplicada em Jornalismo e Tecnologias Digitais (JorTec), da Associação Brasileira dos Pesquisadores em Jornalismo (SBPJor). É membro do grupo Tempos: Temporalidade dos Meios Comunicacionais, Linguagem e Cotidiano, do PPGMC-UFF, e do Tejor – Teorias do Jornalismo e Experiências Profissionais, da PUC-Rio. É autora dos livros Jornalista em mutação: do cão de guarda ao mobilizador de audiência e Uma história da primeira página: do grito ao silêncio no jornalismo em rede, ambos publicados pela Editora Insular. Possui graduação em Comunicação Social (Jornalismo) pela UFRJ e mestrado em Comunicação Social pela PUC-Rio. Tem interesse pelas teorias do jornalismo, pela história dos meios, pelas práticas jornalísticas, com ênfase no jornalismo digital, pela convergência midiática e pelas redes sociais. Trabalhou por 20 anos nos jornais O Globo, O Estado de S.Paulo e Revista IstoÉ. Em 2019, foi vencedora do Prêmio Vladimir Herzog, na categoria reportagem multimídia.

Lattes: http://lattes.cnpq.br/5886848823097817
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-7834-9937
e-mail: adrianabarsotti@id.uff.br

Projeto de Pesquisa

Os limites da objetividade jornalística em um cenário de desinformação, desigualdade e distribuição algorítmica de notícias
Descrição: O projeto pretende investigar os limites da objetividade jornalística em um contexto de desinformação, desigualdades e distribuição algorítmica de notícias. É por meio das redes sociais e dos mecanismos de busca que mais da metade da população mundial se informa. E são justamente nessas plataformas que a desinformação mais circula. O problema é que, tanto nas redes sociais como nos mecanismos de busca, as notícias não são distribuídas segundo os critérios de relevância jornalística, com base nos valores-notícia. Nesses ambientes, as informações estão sujeitas à distribuição algorítmica. São os algoritmos dessas plataformas que determinam os regimes de visibilidade das notícias, criando múltiplas agendas de acordo com as preferências individuais dos usuários que não necessariamente coincidem com a jornalística. A pesquisa Digital News Report 2020 revelou que 43% dos brasileiros declararam preferir notícias que “expressem seus pontos de vista”, afastando-se do conceito teórico da objetividade jornalística tal como definida pelas teorias do jornalismo. Não bastasse isso, é preciso considerar que o consumo contemporâneo de informação acontece em um contexto de exclusão digital, uma vez que 25% dos brasileiros não têm acesso à internet. O objetivo desta pesquisa é analisar se a objetividade jornalística ainda é uma ferramenta útil para o jornalismo e seus leitores. Para alcançar os objetivos, a ideia é lançar  mão de diferentes abordagens metodológicas, tais como entrevistas em profundidade e etnografia em redações brasileiras da mídia tradicional e das mídias comunitárias. Uma das hipóteses investigadas é se a objetividade jornalística limita a função  do jornalismo como produtor de conhecimento (PARK, 1972)  sobre o cotidiano em um cenário marcado por assimetrias e pelo negacionismo da ciência