Rachel Bertol Domingues

Professora Permanente

Professora no Departamento de Comunicação Social da UFF e no Programa de Pós-Graduação em Mídia e Cotidiano (PPGMC) da mesma instituição. Doutora em Comunicação e Cultura pela UFRJ, com Sanduíche na Universidade de Princeton (EUA). Lidera o grupo de pesquisa Tempos: Temporalidade dos Meios Comunicacionais, Linguagem e Cotidiano, do PPGMC-UFF, e o projeto de extensão Reconfigurações Jornalísticas. É pesquisadora dos grupos Imprensa e Circulação de Ideias: o papel dos periódicos nos séculos XIX e XX, da Casa de Rui Barbosa, e do Mídia, Memória e Temporalidades (Memento), da UFRJ. Participa da Rede de Grupos de Pesquisa da Historicidade nos Processos Comunicacionais. Possui graduação em Comunicação Social (Jornalismo) pela UFRJ (1993) e Mestrado em Comunicação e Cultura pela mesma universidade (2003). Interessa-se pela história dos meios, teoria das mídias, práticas jornalísticas, circuitos editoriais. Foi responsável pela redação do livro Memória de Repórter: Lembranças, casos e outras histórias de jornalistas brasileiros, do Centro de Cultura e Memória do Jornalismo Brasileiro; editora da publicação Princípios Inconstantes, do Itaú Cultural, sobre jornalismo cultural e novas mídias; coordenadora da Machado de Assis Magazine, da Biblioteca Nacional, para divulgar a literatura brasileira no exterior. Trabalhou por 15 anos no jornal O Globo e atuou em veículos como Valor Econômico e o francês Le Monde.

 

Projeto de Pesquisa

Tempos: Temporalidade dos meios comunicacionais, linguagem e cotidiano

Este é um projeto amplo que concentra diferentes áreas de interesse e investigação, em que se leva em conta a materialidade dos processos comunicacionais, tendo como perspectiva, sobretudo (mas não exclusivamente), a vertente da teoria das mídias. Como eixo, investigam-se as temporalidades dos meios, tomando como ponto de partida o fato de que o próprio cotidiano é uma temporalidade específica e socialmente construída. O projeto se baseia no momento quatro linhas principais: 1) Comunicação e materialidade das mídias; 2) Temporalidades do cotidiano; 3) Práticas jornalísticas; 4) Processos editoriais. No primeiro, trata-se de investigar os artefatos midiáticos e a inserção destes em redes sociotécnicas e discursivas (com enfoque arqueológico e genealógico), levando em conta suas linguagens e a maneira como ensejam formas de temporalidades (e poder). No segundo, investigam-se, a partir das condições das mídias, embates a respeito de memórias sociais (como de repórteres, efemérides, testemunhos, arquivos etc.) e temporalidades relacionadas, por exemplo, às ideias de catástrofe, revolução, formações utópicas (e distópicas), entre outras. No caso das práticas jornalísticas, dá-se ênfase às condições de produção a partir das mídias digitais, com suas diferentes linguagens (texto, som, imagem, visualização, arquivo, codificação), levando em conta seus dilemas sociais e técnicos. Um dos destaques é o estudo dos veículos nativos digitais. Também se dá atenção a questões históricas (como de história da imprensa). Por fim, a pesquisa sobre os circuitos editoriais refere-se ainda ao jornalismo, à edição de livros e outros objetos editoriais (impressos ou digitais), à crítica e às formas de leitura, além de levar em conta a socialização em torno dessas práticas.

Lattes: http://lattes.cnpq.br/6048950036951543
e-mail: rachelbertol@id.uff.br